O aborto é um tema que suscita muitas e diversas opiniões, uns são a favor e outros são contra, mas a verdade é que este é um tema global, e com muito interesse para toda a sociedade. Em Portugal, o aborto foi legalizado por referendo em 2007, e é permitido até às 10 semanas de gravidez a pedido da mulher independentemente das razões.
Acho que a decisão que foi tomada foi a correcta, pois, a mulher tem o direito de tomar decisões num assunto que diz respeito à sua vida como o da maternidade, e está provado, que até as 10 semanas o feto não tem neurónios, logo não vai sentir dor. Estatísticas da Itália e da Holanda, mostram que quando o aborto foi legalizado, este diminuiu, logo a proibição não vai eliminar o recurso ao aborto.
Quando as mulheres sentem que ele é necessário, fazem-no, mesmo que não seja em segurança, e isto pode ter graves consequências para a saúde da mulher, pois esta vai ser obrigada a fazer-lo clandestinamente sem o mínimo de condições higiénicas, e muitas vezes feito por pessoas que não são credenciadas para tal. E este vai ser um problema de saúde pública.
A maternidade não desejada, vai ser fonte de problemas futuros para a mulher, para o casal, para as famílias e sobretudo para as crianças dela nascidas. A defesa, ao acesso ao aborto legal, está associada à prevenção das gravidezes não desejadas.
Em suma, se a despenalização do aborto for universalizada em todo Mundo, as mulheres que decidem abortar terão a possibilidade de serem acompanhadas por profissionais da saúde, que as informarão sobre o estado de gestação do bebé e as elucidarão acerca das consequências físicas e psíquicas que a realização de um aborto poderá trazer às suas vidas.
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